Proíbam as pulseiras! Proíbam os cigarros! Proíbam o Photoshop! Proíbam!!



Não é de hoje que a educação se tornou, de uma maneira geral, um grande proibir. Uma menina foi estuprada/molestada sexualmente, porque estava usando a pulseira do sexo? A solução parece simples, é só proibir, mas até onde vamos com isso?

             Quando a Igreja Católica proibiu o teatro no meio da idade média (also know as Dark Ages) não o fez por uma questão de educação.
             A Igreja sabia o poder que a aglomeração e a cultura tem sob as pessoas. Sabia exatamente que não deveria deixar que as pessoas decidissem se deveriam ou não ir ao teatro poderiam, mais tarde, decidir se iriam ou não às missas.

Ok, os refletores são relativamente mais novos que o teatro
             Hoje continuamos seguindo a mesma lógica. Só que não percebemos o absurdo que estamos cometendo.
             É sempre mais fácil e simples proibir qualquer nível de álcool no sangue do motorista do que educá-lo a perceber que uma lata de cerveja é diferente de 6 garrafas. Então proibimos qualquer nível em prol da segurança e do bem estar.
             É muito difícil ensinar aos jovens os riscos que ele corre fumando um cigarro. Então proibimos qualquer tipo de propaganda em televisão aberta, em prol da saúde e bem estar.
             É difícil educar as pessoas a usarem transporte público, então criamos o rodízio para que possamos, todos, usar os carros.

O quê? É mais fácil que ensinar uai...

               É muito complicado explicar às pessoas que a imagem de uma revista é só uma imagem de uma revista, não é um modelo de perfeição que precisa ser seguido por todos então obrigamos o uso de avisos em fotos modificadas digitalmente.
               É muito difícil explicar a uma adolescente que a sexualidade e afetividade devem ser trabalhadas aos poucos, como uma descoberta gostosa e preciosa de nossos corpos e vidas, então... proibimos as pulseiras do sexo! São elas as culpadas pelo estupro da garota!!
               Não faz muito tempo e o Brasil passava por uma política do "mais fácil proibir". Chamou-se Revolução (ok, só acredita quem é militar) ou Ditadura Militar.
                A lógica não era muito diferente desta que estamos vendo por aí...


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1 comentários

  1. .ponto says:

    E qndo vão proibir, por exemplo, jornalismo cretino? ''É Fantástico'', ou melhor, seria fantástico. Não é pra ir pelo mais fácil? Então?
    Aiai, esqueço q sonhar acordado não faz tão bem. 1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos...eeee droga, os lobos(istas) comeram todos meus carneirinhos. Vou ter q ficar sonhando acordado mesmo!

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