Banco deve destravar o Itaquerão



Será que vai?!


Itaquerao

Banco deve destravar o Itaquerão

CORINTHIANS
Com novo parceiro, BNDES aceita liberar R$ 400 milhões


BERNARDO ITRI
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC 

Uma operação envolvendo o Banco Votorantim destravou a equação financeira para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberar o financiamento de R$ 400 milhões para o Corinthians erguer o estádio Itaquerão.
De acordo com o secretário especial da Copa em São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro (PC do B), o banco federal foi consultado sobre a participação do Votorantim na operação referente à arena e já sinalizou positivamente.
"Eu sei que perguntaram ao BNDES se aceitariam a participação do Banco Votorantim, e a resposta foi que essa era uma instituição que seria aceita, liberando o empréstimo", afirmou Tadeu.
O secretário da Copa disse que apenas foi passada ao BNDES a possibilidade de o Votorantim participar da operação, embora outros bancos também tenham sido consultados pelo Corinthians e pela Odebrecht.
A Folha apurou com fontes ligadas ao BNDES que é justamente a participação de um banco repassador, não importa qual, que torna possível a liberação do financiamento para o estádio.
O banco federal não aceitava opções futuras, como dinheiro de naming rights, cadeiras cativas ou camarotes.
Trata-se de uma operação indireta na qual o banco oferece garantias ao BNDES mediante compensação acertada com a construtora da obra e com o Corinthians.
Um exemplo dessa espécie de engenharia é a usina hidrelétrica de Jirau, que terá parte de seu valor -R$ 7,2 bilhões- financiada pelo BNDES. A equação foi viabilizada com operação similar à mostrada pelo Corinthians.
Porém a reportagem apurou que, para o Votorantim se comprometer a pagar o BNDES, terá de receber do Corinthians e da empreiteira garantias no valor de R$ 400 milhões. E mais: embutirá juros na operação que produzam lucro, fazendo com que a taxa seja maior do que a oferecida pelo BNDES.
No governo, a participação do Votorantim é questionada pelo fato de o Banco do Brasil, instituição estatal, ter 49% de suas ações. O Corinthians nega que o Votorantim será o agente que viabilizará a liberação da verba.
"Apesar de toda a torcida contra, inclusive de dirigentes de órgãos internos do Corinthians, o estádio vai sair", declarou Andres Sanchez, presidente corintiano.
A Odebrecht diz que "as negociações estão bastante avançadas". O Votorantim admite que houve um contato informal, porém nega que o acordo esteja fechado.

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