Joaquim Falcão esquece mundo real em análise do governo Lula



   Em artigo no Blog do Noblat, Joaquim Falcão defende a tese da 'sentimentalização da política' e diz que o grande mérito da ascensão social não é maior que o da comunicação de Lula com a população.

 
   12,5% da população brasileira ou 23 750 000 de pessoas {{23 milhões e 750 mil pessoas, para você que é de humanas}} saíram da linha da miséria e foram para a linha da pobreza durante o governo Lula.
A informação não é minha, mas do diretor da Escola de Direito da FGV, Joaquim Falcão em artigo divulgado hoje pelo Blog do Noblat:
“…em 2003 28% da população estava na linha da miséria e no final de 2009 apenas 15,5%, como divulga CPS/FGV…”
{{não acredite em mim}}
   O Bolsa-Família, nunca é demais lembrar, atinge, sendo bem otimista {{estou aumentando os beneficiados para facilitar minha conta}}, 12 milhões e 750 mil pessoas. O que significa dizer que cerca de 12 milhões pessoas saíram da miséria sem o tal programa.

bolsa-família
{{não acredite em mimAdivinhem a 2ª região com mais beneficiados? Avisem a Mayara Petruso}}

   E daí, seu Caipira?

   Daí nobre leitora e ingênuo leitor, que no tal artigo Joaquim usa o Bolsa-Família como um dos argumentos para o que ele chamou de ‘sentimentalização da política’:
“Vivo do bolsa família. Quem coloca dinheiro na minha casa é o Lula.” Parou. “Ele é que é o meu marido”. Sentenciou.
(…)
Nestes oito anos, Lula construiu uma identificação sentimental com grande parte do eleitorado.


   Além de machista {{a mulher não põe dinheiro nas casas, só o marido…}} o exemplo não pode servir para explicar os 80% {{ o correto é oitenta e três por cento}}, como vimos, o Bolsa-Família não atinge nem de perto as 152 milhões pessoas que aprovam o governo.

   Ou seja a tese do diretor da FGV não leva em conta um fator primordial em análises sociais, o mundo real. Não é porque o público da Fundação Getúlio Vargas quer que o Lula não teve qualidade nenhuma.
Ao afirmar que:
Contaram sim os comentários inusitados de sua personalidade como homem de classe média, livremente veiculados. Não há quem não se lembre do inusitado diagnóstico presidencial sobre a crise financeira mundial de 2008: uma marolinha.
   Falcão está, em realidade, dizendo que o maior mérito de Lula na crise de 2008 não foi abrir mão de carga tributária para reaquecer a economia, não foram medidas econômicas, mas a comunicação e minimização da crise para a população. E esquece que até essa comunicação faz parte da economia {{imaginem a bolsa de valores se Lula dissesse: “Galera fujam para as montanhas, o Brasil tá lascado!”}}.

   Me atrevo a dizer e aqui escrevo apenas um sentimento pessoal que o ‘analista’ prefere exaltar as qualidades retóricas de Lula para não admitir as qualidades administrativas de um ser que não teve apreço nenhum pela carreira acadêmica.

   E deixo uma pergunta noir no ar:


Pode um nordestino formado por supletivo ter alguma qualidade além da simpatia?


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