Casal gay, agora, pode adotar / ter filhos.



Um casal homossexual gaúcho (antes que façam piadas, casal de mulheres) acaba de ganhar o direito no pleno do STJ de adotar uma criança, a medida é inédita no país e permitirá que outros casais possam pleitear o mesmo. Mas calma, a decisão poderá ser revogada.

               Um casal homossexual conseguiu, pela primeira vez em nosso país o reconhecimento de que são, de fato, um casal, permitindo que adotassem duas crianças.

               O casal já havia ganhado em 1ª instância {{entenda o judiciário}} este direito, mas o Ministério Público gaúcho recorreu da decisão. Fosse um caso comum e o processo estaria agora esgotado. O problema é que o Ministério Público gaúcho entende que a questão é inconstitucional e deverá recorrer ao STF para anular a decisão.

É crime?
            Eu, pessoalmente, acho que já passou da hora do Estado brasileiro se tornar de vez laico e aceitar que, em uma democracia, gays e heterossexuais {{e todas aquelas designações politicamente corretas que recuso-me a listar}}convivem de maneira harmoniosa.

            Ser homossexual não é estar doente. Ser homossexual não é crime nem algo negativo. É uma característica pessoal.

            A idéia estapafúrdia de que um casal homossexual levaria um filho a se tornar homossexual é simplesmente inaceitável. Não há argumentos que levem a isso.

            Basta parar e pensar: Quantos gays são filhos de heterossexuais?

            O casal de mulheres gaúchas é formado por uma psicóloga e uma fisioterapeuta, ou seja, duas pessoas com curso superior {{digo apenas para refutar argumentos do tipo: gays são ignorantes}}, além de atenderem todas as exigências comuns para adoção no Brasil.

             Ainda é pouco, na opinião deste blogueiro, ainda falta o país aceitar a união civil entre casais de mesmo sexo {{fato que deverá ter um ganho legal com a decisão do STJ}}.

             Que diferença faz? Dirá um leitor ou leitora heterossexual e bem intencionado(a). A diferença, além de sentirem-se aceitos socialmente, está nos benefícios que as crianças poderão ter:

  • Serem aceitas como dependentes no plano de saúde
  • Receberem futuras pensões (em caso de morte e / ou separação)
  • IR dos pais
  • Documento de identidade (com correta afiliação)
            Mas o principal é mesmo o simbólico.

Ah, antes que me esqueça a notícia está aqui {{não acredite em mim}}


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6 comentários

  1. Unknown says:

    Bem ao ser homossexual seria correto concordar em não ter filhos dai vão adotar pra parecer com uma familia .
    Parece que tem um estudo que diz não ter problema algum a adoção com base nisso o tribunal decidiu em favor do casal.
    Em uma sociedade preconceituosa adotar uma criança e querer que ela passe por todo esse constrangimento e conflito sem a possibilidade de escolha alegando que ela passara a ter um lar e possibilidade de educação eu considero como uma pratica egoísta de um casal buscando aparentar uma familia em nada tenho contra os gays a não ser por tal vontade de adotar crianças e achar que não tem problema nenhum.
    Tipo já que vão dar um lar afeto e educação tem se o direito de se esgotar a possibilidade da criança ter uma familia de verdade.
    E só vai ser os bebes quero ver se um menino de 7 anos vai querer ir com dois marmanjos brincar de casinha.

  2. Anônimo says:

    Finalmente.

  3. É uma pena que pense assim, rbs.oliveira. O blog não concorda.

    obrigado por nos visitar!

  4. @rbs.oliveira
    Você está certo em uma coisa: crianças adotadas por casais gays passarão por constrangimentos, humilhações e, talvez, até agressão física. Assim como gordos, negros, narigudos, orelhudos, pessoas inteligentes demais, de religiões diferentes e etc. O que você esquece é que estes constrangimentos, humilhações e agressões são causadas por pessoas ignorantes e retrógradas (pra não dizer completos imbecis), tão inseguros de si mesmos que precisam hostilizar outros para se firmarem. Pessoas completamente incapazes de aceitar diferenças, mentalmente atrasadas e estúpidas, são as únicas responsáveis por essas coisas e não o fato do casal que adotou ser gay. O fato da pessoa ser gay ou não nada tem a ver com caráter.
    Exemplo: tive um professor de matemática no ensino médio que me fez perder a raiva que tinha da matéria, que era pura ignorância. Depois de um ensino fundamental com péssimos professores e professoras da matemática, eu simplesmente não conseguia entendê-la. Esse cara, junto com o professor de física (que era tão massa que ia para shows de metal com a nossa turma, ia beber com a gente e aproveitava estas ocasiões para nos ensinar mais sobre a física), me fizeram ver que estas matérias não eram os bichos-de-sete-cabeças que eu pensava que eram.
    Parafraseando uma comediante americana, por que diabos a maioria das pessoas insiste em se meter em assustos que não as afetam de forma alguma?
    Eu seria um completo hipócrita se dissesse que aprovo o comportamento gay, principalmente daquelas "bichas carnavalescas". A diferença é que sou capaz de respeitar as decisões dos outros que afetam apenas a vida deles. Se você não acredita em casamento/união gay, faça como eu e namore uma mulher. É simples assim.

    @Admin.ImprenÇa
    Desculpe o comentário em post antigo, mas não pude deixar passar o comentário do rbs.oliveira. Estou aproveitando a insônia parar ler um pouco seu blog e, até agora, gostei bastante. Parabéns. =)

  5. Bruno,

    Obrigado pela visita, espero que continue lendo e comentando no blog, não há do que se desculpar discussões longas requerem comentários longos,

    Abços

  6. Neyde says:

    Eu acho q se cada um se preocupasse mais com sua própria vida, viveríamos muito mais felizes, isso sim.
    Um recado para os HOMOFÓBICOS: pessoas homossexuais são seres humanos iguais a qualquer outro, com vontades, sonhos, etc.Apenas com escolhas diferentes para relacionamento amoroso.Então, deixem que cada um vivam suas vidas sem discriminação.Querem adotar?Que corram atrás da realização desse desejo ! Eu adotei e sou muito feliz com meu filho.
    Neyde (DO ESTADO DO MARANHÃO/Professora especialista em Língua Portuguesa )

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