Super-Aécio: Aécio Neves no Roda Viva



Aécio Neves foi entrevistado no Roda Viva, saiba os pontos mais importantes

   Se é bem verdade que o Roda Viva já não é mais aquele {{melhor perguntar ao Erra porque Heródoto não faz mais parte}} também é verdade que a escolha dos entrevistados continua excelente.

   Aécio Neves, como se sabe, é mais novo queridinho da oposição. Os motivos já foram cá explanados, a campanha de José Erra não foi das mais amistosas, internamente.

   Disse então e repito agora, que há diversas formas do fazer político e que José Serra utilizou uma tática que só vai bem enquanto ele está a frente das pesquisas, coisa que, como também foi adiantado aqui, sabemos todos, não ocorreu.

   Passado o fulgor eleitoral vimos que Aécio passou a ser bajulado pela mesma mídia que antes o criticava, em apoio a Serra. E Eis que a entrevista ao Roda Viva começa com uma afirmação veemente:
“O convidado desta noite é o mais vitorioso político da oposição nas últimas eleições”
Roda viva, bloco 1
“Aécio Neves vem de uma família de políticos o que, em Minas, quer dizer, exercer a conversa e a negociação”
   O recado é bem claro. E quando o assunto é o PSDB Aécio é bem claro, precisa ser refundado, está logo ali, no 1º bloco aos 3 minutos.

   E se José Serra disse que “A luta continua” em seu discurso de derrota {{não acredite em mim}}, Aécio ao falar das últimas eleições diz:
“Mas nós perdemos a eleição e temos que aceitar este resultado com absoluta serenidade
{{não acredite em mim, assista ao vídeo acima}}
   Parece pouco mas é a sobriedade e a consciência de que é preciso mais do que uma campanha de ataques para vencer um governo cuja aprovação é recorde. A mesma serenidade de quem sabe que para o país, como para o PSDB é melhor que se faça uma oposição propositiva e não meramente acusativa {{ou golpista, dirão os mais à esquerda}}.

   Aécio revela que os temas que regem o programa do PSDB estão parados no tempo, ele dá o exemplo do combate à inflação, uma pequena amostra de que de fato a vitória de Dilma tem o mérito de um PT atento às realidades mas conta com o ‘apoio’ de um pensamento tucano desalinhado com o mundo atual.

   Ao ser perguntado porque é que o programa tucano não foi revelado ele devolve uma cutuca à Serra:
“Eu talvez não seja a melhor pessoa para responder isso”
images

   Embora a Marília Gabriela não tenha percebido, lá pelos 9 minutos e 50, o entrevistado revela que considerou importante fazer as prévias do PSDB não apenas para ouvir o partido, mas, principalmente para movimentar o PSDB.

   Mais uma demonstração de que o estilo de Aécio é agregador e o de Serra é o centralizador, e aqui volto a repetir, as duas formas podem eleger políticos. Claro, Marília Gabriela sequer se deu ao trabalho de pensar nisso…

   Aécio continua fundo nas críticas, sempre ao modo mineiro, e deixa claro que a escolha de Índio da Costa ‘causou sobressaltos’ no partido, palavras dele.

   Aécio sabe o que precisa ser feito, sabe que a única forma de não tomar mais uma lavada nas urnas é construindo uma oposição que, hoje, não existe. Sabe que há um vácuo deixado por José Serra e FHC no PSDB e quer ocupa-lo.

   E, sinceramente, já não acredito na tese da Carta Capital de que ele estaria prestes a mudar de partido. Parece-me que o partido dele é que está de mudanças.

   Vale a pena assistir toda a entrevista, José Erra, ao menos, deveria.


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