Imparcialidade na mídia (por: pontofim0)



                   Hoje, após assistir alguns minutos do ‘’glorioso’’ Jornal da Globo, me lembrei de algo que sempre me pareceu muito interessante. Eu, pontofim0, tão ignorante quanto ao assunto jornalismo, lembro de ter ouvido, há um tempo atrás, a seguinte frase (não com as mesmas palavras): ‘’o jornalismo é tem tem sempre que ser imparcial para ao expor as notícias’’.

                  Tive e ainda tenho dois problemas com isto. Primeiro é que eu, pontofim0, acredito que os jornais não são imparciais nas notícias. Basta ler com um pouco mais de atenção os meios de comunicação do qual gozamos, e logo perceberemos que, com escolhas de certas palavras aqui ou ali, algum assunto sempre acaba sendo direcionado para algum lado.
                  Não posso generalizar, afinal não conheço todos os meios de comunicação, mas quem lê sabe que, para muitos dos principais, pelo menos em nosso país, eu estou certo. Notícias são dadas, de maneiras propositalmente organizadas, para enfatizar algo ou alguma idéia que sigam a linha de pensamento de determinados meios de notícia. Abrindo um parênteses aqui, isso não ocorre apenas nos meios de comunicação escritos, mas nos televisivos também. Exemplo? Simples.
                  Como eu disse no começo do post, foi assistindo ao Jornal Nacional que este assunto me veio à cabeça. O âncora do Jornal (não era o ‘’Sir Willian’’) estava dando a notícia de que o jogador de futebol, W(V)agner Love, havia comparecido à delegacia para prestar depoimento sobre sua aparição numa festa de uma comunidade, na qual traficantes armados estavam presentes. O que exemplifica o que estou tentando expor foi o seguinte: este mesmo âncora, ao pronunciar a notícia, deu um enfoque ao dizer ‘’sua presença ao lado de traficantes armados’’, se utilizando de uma entonação mais grave que sugere, ou pelo menos para mim sugeriu, uma desaprovação, uma sentença de culpa. ‘’Oh menino mal’’.
                  Muitos sabem que, da maneira que enfocamos, entonamos ou seja lá o que fazemos com nossas vozes ao decorrer de um sentença, podemos dar sentidos diferente para a mesma. Esta desaprovação, sentida pelo menos por mim, é ou não é um sinal de jornalismo partidário?
Se passarmos uma noite ouvindo o Jornal Nacional de maneira analítica, ao que diz respeito a maneira em que as notícias são passadas, perceberemos que os jornalistas ali presente estão sim dando sua opinião sobre sejá lá qual for o assunto. Se não acreditou em mim pois acha que a desaprovação foi apenas resultado de uma desconfiança minha, faça o teste você mesmo(a). De preferência faça mesmo que acreditar em mim.



               Enfim, este é o meu primeiro problema com aquela frase cretina, que mencionei lá em cima.
             
               Resumindo, o jornalismo tem sim, e desfruta muitas vezes de uma parcialidade, afim de direcionar a recepção de uma certa notícia.
              
               Meu segundo problema é o seguinte: a menos que os jornais ponham robôs para dar as notícias na televisão, deveriam assumir que elas sempre terão sim, um lado escolhido, sua ‘’sardinha’’ selecionada, afinal somos assim, ou seja, escolhemos lados baseados em nossas linhas de pensamento.
Verdade que sempre tem os que ficam em cima do muro, mas sobre estes não vale muito a pena decorrer. Abrindo mais um parênteses, os robôs, talvez, seriam uma boa saída, mas para as mídias de comunicação escrita, não tenho a mínima idéia.

                Acredito que cabe ao leitor perceber quais jornais, ou revistas, ou canais, enfim, sejá lá o que for, que lhe interessa mais. Ok que, com o déficit educacional do nosso país, é mais provável que muitos de nós não sejamos cultos o suficiente para perceber estas diferenças, seguindo assim o que acharmos mais ‘’fácil’’.
Talvez.
                Mas falando do jornalismo em si, será que estou tão errado em acreditar que ele deve sim ser parcial, afim de tentar propagar o que acha correto? Assim essa ‘’putaria’’ de ‘’diz que não diz’’ iria para o espaço, sem falar que seria muito mais fácil ter acesso a diferentes pensamentos sobre qualquer assunto, nos possibilitando entender o que há de certo e errado, para cada um, sobre os diferentes discernimentos, não acham? Bem, pelo menos na tese parece bonito, mas enfim...

                Aliás, voltando ao caso do jogador que foi mal visto pela polícia por ter participado de uma festa em uma comunidade onde estavam presentes traficantes armados, não me recordo de ninguém ser chamado para depor depois de ser visto dentro de, por exemplo, um jantar na casa de algum político pilantra. Seria interessante, não? ‘’Fulano foi chamado à delegacia para depor, após ter sido visto em festa na casa de ciclano politicamente armado’’.

Ok, ok. Serei menos utópico.
Tráfico é crime, politicagem safada nem tanto.
Pontofim0 é fotógrafo e dono do blog de mesmo nome
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O artigo chegou a mim por e-mail e não pude deixar de publicá-lo.



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